Na tarde desta quinta-feira (3), a Vigilância Sanitária de São Paulo fechou uma casa de acolhimento clandestina na Zona Leste da cidade, após denúncias de maus-tratos. O local, situado na rua Padre Francisco Carneira, abrigava oito pessoas, incluindo sete idosos e uma jovem de 27 anos, que se encontravam em condições degradantes de higiene e saúde. A Polícia Militar foi acionada para auxiliar na inspeção, já que os agentes da Vigilância Sanitária haviam sido impedidos de realizar a fiscalização inicialmente.
Durante a operação, os policiais encontraram um ambiente insalubre, com forte odor de urina e falta de água encanada. A água disponível estava armazenada em baldes, supostamente fornecida por vizinhos, e a alimentação era escassa, com uma geladeira sem porta contendo alimentos estragados. Todos os internos estavam visivelmente desnutridos e desidratados, usando roupas sujas e úmidas.
Dentre os resgatados, quatro idosos apresentavam urgências médicas e foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento Júlio Tupy, enquanto as duas idosas com problemas psiquiátricos foram encaminhadas ao hospital de Cidade Tiradentes. A jovem de 27 anos foi entregue aos cuidados da mãe. A investigação revelou que a instituição operava sem licença sanitária e sem responsável técnico, resultando em multa e fechamento do imóvel.
Um processo administrativo foi aberto e o caso foi encaminhado ao 68º DP, de Lajeado. A responsável pela casa e seu filho prestaram depoimento e podem ser indiciados por maus-tratos, enquanto peritos continuam a análise do local para a elaboração do laudo final.