A Casa Branca manifestou descontentamento nesta quinta-feira (24) em relação ao programa de animação 'South Park', após a estreia da 27ª temporada, que inclui uma sátira ao ex-presidente Donald Trump. O primeiro episódio apresenta uma cena polêmica com uma versão gerada por inteligência artificial de Trump, que aparece nu e interage com o diabo, gerando controvérsias nas redes sociais.
O porta-voz da Casa Branca, Taylor Rogers, desqualificou a relevância do programa, afirmando que 'South Park' não tem importância há mais de 20 anos e que suas tentativas de chamar atenção são pouco inspiradas. Rogers também defendeu o legado de Trump, ressaltando que ele cumpriu mais promessas em seis meses do que qualquer outro presidente na história dos EUA.
Além da sátira a Trump, o episódio intitulado 'Sermão na Montanha' inclui referências a temas políticos atuais, como um processo de 5 bilhões de dólares contra a cidade fictícia de South Park por ofensa religiosa. Os criadores da série, Trey Parker e Matt Stone, comentaram sobre a censura de uma cena polêmica durante a San Diego Comic Con, revelando que a Paramount tentou modificar o conteúdo, mas eles se recusaram.
A estreia da nova temporada coincide com um acordo de 1,5 bilhão de dólares entre a Paramount e os criadores de 'South Park' para a transmissão dos episódios em sua plataforma de streaming nos próximos cinco anos. No mesmo dia, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA aprovou a compra da Paramount pela Skydance Media, em um negócio avaliado em 8 bilhões de dólares, o que adiciona uma camada de complexidade ao contexto econômico em que a série é lançada.