Dados recentes do Banco Central revelam que o crédito às famílias brasileiras atingiu R$ 4,3 trilhões em 2025, representando 36,3% do PIB nacional. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que 78,2% das famílias estão endividadas, com o cartão de crédito sendo responsável por 83,6% dessas dívidas. A falta de controle financeiro e as altas taxas de juros, que chegaram a 443% ao ano no rotativo, são os principais fatores que levam ao endividamento.
Especialistas alertam para os erros comuns que contribuem para essa situação, como usar o cartão como extensão da renda, não registrar pequenas compras e pagar apenas o valor mínimo da fatura. Para evitar a armadilha do endividamento, recomenda-se a adoção de estratégias de controle financeiro, como o método dos 3 registros e a regra 50/30/20 adaptada para cartões, que ajuda a organizar os gastos de forma eficiente.
Além disso, a pesquisa da Serasa indica que 84% dos brasileiros já consultaram sua pontuação de crédito, sendo que aqueles que monitoram seus gastos têm menos chances de se endividar. A utilização estratégica de múltiplos cartões de crédito, com um limite recomendado de três, pode melhorar o score de crédito e otimizar benefícios, desde que bem planejada.
Por fim, com as taxas de juros do rotativo em níveis alarmantes, é crucial que os consumidores adotem medidas como o débito automático para o pagamento total da fatura e a criação de uma reserva de emergência. Uma dívida de R$ 1.000 no rotativo pode se transformar em R$ 5.430 em um ano, evidenciando a importância de um gerenciamento financeiro eficaz.