A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) permanece ativa nas redes sociais, mesmo após a suspensão de seus perfis oficiais determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Condenada a dez anos de prisão por crimes de invasão de dados e falsidade ideológica, Zambelli criou uma conta alternativa no Instagram em 13 de junho, apenas nove dias após o bloqueio imposto pelo ministro Alexandre de Moraes.
No novo perfil, que já conta com mais de 4.800 seguidores, a parlamentar retoma um tom confrontador, direcionando críticas à Corte e comentando sobre a crise diplomática com os Estados Unidos. Em um vídeo publicado em 10 de julho, ela atribui a tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros ao ministro Moraes, chamando-a de “taxa-Moraes” e acusando o magistrado de agir como um ditador.
Zambelli também utilizou a conta para elogiar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e agradeceu ao líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), pelo apoio após sua condenação e fuga do Brasil. A movimentação nas redes sociais ocorre apesar de uma decisão judicial que proíbe qualquer tipo de publicação por parte da deputada, com multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A congressista foi condenada em 14 de maio pela 1ª Turma do STF e, menos de um mês depois, teve sua prisão preventiva decretada por Moraes, que alegou risco de continuidade delitiva. Zambelli deixou o Brasil antes da prisão e teve seu nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, mas até o momento, a Polícia Federal não conseguiu localizar seu paradeiro.
