A deputada federal Carla Zambelli foi presa na tarde de terça-feira (29) em seu apartamento em Roma, após um cerco realizado por autoridades brasileiras e italianas. O objetivo da operação era evitar uma nova fuga da parlamentar, que já havia se deslocado para o exterior. A abordagem policial contrasta com a versão da defesa, que alegou que Zambelli se entregou voluntariamente. Um policial que acompanhou a ação afirmou: "Ninguém se entrega em casa".
Segundo o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, a deputada estava em sua residência realizando atividades cotidianas, como pintar e lavar o cabelo, quando foi surpreendida pela polícia. Após a prisão, ela foi levada para uma delegacia local, onde recebeu seus medicamentos antes de ser detida.
A Polícia Federal do Brasil, no entanto, nega a versão de entrega voluntária e avalia que Zambelli pode tentar solicitar asilo político, embora essa possibilidade seja considerada remota. Investigadores também expressam ceticismo quanto à capacidade da deputada de mobilizar apoio entre políticos de extrema direita, dada sua situação de isolamento político no Brasil. Na Câmara dos Deputados, há expectativa sobre a possibilidade de Zambelli conseguir manter seu mandato, evitando a cassação.