A ex-deputada federal Carla Zambelli, conhecida por sua atuação no bolsonarismo, foi presa em Roma nesta terça-feira (29) após semanas foragida da Justiça brasileira. A prisão ocorreu em resposta a um pedido de extradição feito pelo governo do Brasil, com a colaboração de autoridades italianas que localizaram a parlamentar a partir de informações fornecidas por um deputado ambientalista local.
Zambelli, que se destacou como uma das figuras mais polêmicas do governo Jair Bolsonaro, foi condenada em maio de 2025 a 10 anos e 8 meses de prisão por falsidade ideológica e invasão de sistema informatizado. A denúncia alega que ela contratou um hacker para forjar mandados de prisão contra autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. Sua trajetória política inclui a fundação do movimento Nas Ruas e uma ascensão meteórica que a levou a ser a segunda deputada mais votada de São Paulo nas eleições de 2022.
A prisão de Zambelli marca um ponto crítico em sua carreira, que foi marcada por controvérsias, incluindo um incidente em que sacou uma arma em público e sua condenação por desinformação eleitoral. A ex-deputada, que já foi ligada a movimentos progressistas, se tornou uma figura emblemática do conservadorismo brasileiro, mas sua trajetória foi marcada por rupturas e embates com aliados e adversários.
Com a sua detenção, a ex-parlamentar enfrenta agora a possibilidade de ser extraditada para o Brasil, onde deverá cumprir a pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal. A situação de Zambelli levanta questões sobre a continuidade de sua carreira política e as implicações de suas ações nos últimos anos.