O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da dentista Bruna Angleri, ocorrido em setembro de 2023, em Araras, São Paulo. O crime, que chocou a comunidade local, envolveu agressões violentas e o corpo da vítima foi encontrado parcialmente carbonizado em sua residência, localizada em um condomínio de alto padrão.
O julgamento, realizado na quarta-feira, 16 de outubro, durou mais de 11 horas e resultou na condenação do cantor por feminicídio, além de outros crimes, como violência doméstica e destruição de cadáver. A defesa de João Vitor, representada pelo advogado Diego Emanuel da Costa, anunciou a intenção de recorrer da decisão, alegando fragilidade das provas e uma pena considerada excessiva.
Durante o julgamento, depoimentos emocionantes foram prestados, incluindo o da mãe da dentista, que relatou comportamentos agressivos do cantor durante o relacionamento. A ex-namorada de João Vitor também testemunhou sobre agressões sofridas e a necessidade de medidas protetivas contra ele. A dentista, que tinha um filho de sete anos, foi encontrada morta após sua mãe estranhar a falta de contato.
O cantor, que se tornou o principal suspeito desde o início das investigações, foi preso em 8 de outubro de 2023, enquanto tentava fugir para Goiás. A condenação e o caso geraram protestos na cidade, com manifestantes exigindo justiça pela morte de Bruna Angleri.