O aumento global nos casos de câncer de pele tem gerado desinformação nas redes sociais, com teorias infundadas ligando o uso de protetor solar ao crescimento da doença. Especialistas, no entanto, afirmam que não há evidências científicas que sustentem essa afirmação, ressaltando que o uso de filtros solares continua sendo uma das principais formas de proteção contra a radiação ultravioleta. A declaração foi reforçada pela diretora de comunicação do Departamento de Saúde Pública de Connecticut, Brittany Schaefer.
Uma publicação no X (antigo Twitter) sugeriu que países que utilizam mais protetor solar apresentam maior incidência de câncer de pele. Contudo, especialistas explicam que o aumento nos diagnósticos se deve, em grande parte, à maior conscientização sobre a doença, conforme um estudo internacional iniciado em dezembro de 2023. A pesquisa, que envolve cientistas de diversos países, indica que a taxa de mortalidade tem diminuído devido aos avanços nos tratamentos.
Dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer mostram que a Austrália liderou a incidência de câncer de pele em 2022, com 37 novos casos por 100 mil habitantes, seguida por Dinamarca e Noruega. Nos Estados Unidos, o número absoluto de casos foi de 101.388, enquanto o Brasil registrou 9.676 diagnósticos, ocupando a nona posição. Os especialistas alertam que a principal causa da doença ainda é a exposição excessiva à radiação ultravioleta, e o uso inadequado de protetores solares contribui para o problema, com apenas 38% da população australiana utilizando o produto corretamente na maioria dos dias.