O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou nesta quarta-feira (16) a implementação de uma tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço de todos os países, exceto os Estados Unidos, quando o produto contiver material 'derretido e derramado na China'. A medida, que visa proteger a indústria siderúrgica nacional, foi justificada por Carney como uma resposta a práticas comerciais desleais. 'Vamos estabilizar nosso mercado nacional de aço e deixá-lo longe de tensões comerciais', afirmou o premiê.
Além da tarifa, Carney revelou que o Canadá reduzirá as cotas tarifárias para produtos siderúrgicos provenientes de países sem acordos de livre comércio com o país, diminuindo os níveis de 100% para 50% dos volumes até 2024. O primeiro-ministro destacou a necessidade de diversificar as relações comerciais, afirmando que o Canadá se tornou excessivamente dependente dos EUA e que o país tem potencial para ser seu maior consumidor de aço.
As novas regras, que devem entrar em vigor até o final de julho, têm como alvo principal os exportadores asiáticos. Carney garantiu que o Canadá continuará a respeitar seus acordos comerciais com parceiros, mas enfatizou a importância de garantir a competitividade da produção local. Ele também reconheceu as dificuldades nas negociações com os EUA, afirmando que ainda não há um acordo satisfatório para os trabalhadores canadenses.
Por fim, Carney destacou que o comércio de madeira de coníferas é uma prioridade nas discussões comerciais com os EUA, expressando o desejo de resolver essa questão simultaneamente a outros tópicos relevantes nas negociações.