Campo Grande (MS) enfrenta um aumento significativo nos casos de hepatite A, com 188 notificações registradas em 2025, após anos sem ocorrências. A cidade é a segunda capital brasileira com a maior taxa da doença, com 17,2 casos por 100 mil habitantes, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Curitiba (PR) lidera o ranking com 31,3 casos por 100 mil habitantes.
Apesar do crescimento nos números, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) garante que a situação está sob controle. A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, informou que a maioria dos pacientes apresentou boa recuperação, sem necessidade de internação. Entre abril e novembro de 2024, foram registrados 92 casos, com 63% das notificações em homens, especialmente na faixa etária de 20 a 39 anos.
A SESAUs coletou amostras de água e investigou possíveis fontes de transmissão, mas não identificou causas específicas para o aumento. Em resposta ao cenário, o Ministério da Saúde autorizou a ampliação da vacinação contra hepatite A para grupos vulneráveis, incluindo crianças a partir de 15 meses e pessoas com condições de saúde específicas.
A hepatite A é uma infecção viral que causa inflamação no fígado e pode ser transmitida por água e alimentos contaminados. Os sintomas incluem febre, mal-estar e dor abdominal. Não há tratamento específico, sendo o foco no alívio dos sintomas e hidratação, com risco de complicações graves em casos severos.