Um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, revelou que Campinas (SP) apresenta o segundo pior índice de excesso de velocidade de motociclistas na América Latina. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (29) pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), aponta que a proporção de veículos que trafegam acima da velocidade permitida aumentou de 19% em 2022 para 31% em 2024.
Os dados, coletados em setembro de 2024, mostram que 60% dos motociclistas em Campinas desrespeitam os limites de velocidade, ficando atrás apenas de Guayaquil, no Equador, que registrou 84%. O estudo também revelou que o excesso de velocidade é mais prevalente nas vias arteriais, com 38% dos registros, seguidas por vias coletoras (25%) e locais (22%).
Além de evidenciar o aumento do desrespeito aos limites de velocidade, a pesquisa destacou que 80% das mortes no trânsito em Campinas no ano passado envolveram usuários vulneráveis, como motociclistas, pedestres e ciclistas. A Johns Hopkins International Injury Research Unit, que realiza ações na cidade desde 2022, recomenda a implementação de campanhas de conscientização e um plano de gestão de velocidade para mitigar os riscos no trânsito.