O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) se reunirá nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, às 10h30, em caráter extraordinário, para deliberar sobre possíveis medidas que beneficiem a indústria automobilística da China no Brasil. A reunião ocorre em um contexto de crescente pressão sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a adoção de normas que incentivem a produção de veículos com peças importadas.
Entre os principais pontos em discussão está o pedido da montadora chinesa BYD para a redução do imposto de importação de kits SKD (Semi Knocked Down) e CKD (Completely Knocked Down) de carros elétricos e híbridos. Caso as propostas sejam aprovadas, a alíquota para carros elétricos cairia de 18% para 5%, enquanto para híbridos a redução seria de 20% para 10%.
No entanto, a reunião acontece em meio a um clima de insatisfação entre montadoras brasileiras e governadores de seis estados, que enviaram uma carta ao vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, solicitando o adiamento da discussão. Os governadores argumentam que a proposta pode desestimular a industrialização local e comprometer empregos no setor.
Os governadores que assinam o documento incluem Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ratinho Jr. (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Tarcísio de Freitas (São Paulo). Eles pedem a criação de um canal de diálogo com os estados produtores e fabricantes de veículos antes que qualquer decisão seja tomada, ressaltando a importância do ecossistema tecnológico e produtivo para a economia nacional.