A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta sexta-feira (18) um corte de US$ 9 bilhões, equivalente a quase R$ 50 bilhões, no financiamento da mídia pública e da ajuda externa, conforme proposta do presidente Donald Trump. A votação ocorreu com um resultado apertado de 216 votos a favor e 213 contra, e agora a proposta segue para a Casa Branca para sanção presidencial.
O projeto de cortes foi alterado pelo Senado nesta semana, que excluiu um corte de US$ 400 milhões, aproximadamente R$ 2 bilhões, destinado ao programa de prevenção ao HIV/AIDS, conhecido como PEPFAR. Apenas dois deputados republicanos, Brian Fitzpatrick e Mike Turner, votaram contra a proposta, enquanto todos os democratas se opuseram ao corte, argumentando que ele comprometeria a segurança e a capacidade de projeção do poder dos EUA no exterior.
O deputado Aaron Bean, defensor da proposta, afirmou que o corte representa um passo em direção à sanidade fiscal, enquanto o líder da minoria democrata, Hakeem Jeffries, criticou a medida, ressaltando que ela prejudicaria o acesso à informação em áreas rurais. A votação foi atrasada por discussões sobre a transparência do governo em relação ao caso do financista Jeffrey Epstein, levando os republicanos a apresentar uma resolução que exige a divulgação de documentos relacionados ao caso.
Trump comemorou a aprovação em suas redes sociais, destacando que o corte é um avanço após 40 anos de tentativas frustradas por parte dos republicanos. Funcionários da administração Trump indicaram que mais pedidos de cortes serão enviados ao Congresso, com a expectativa de que o governo continue a buscar a implementação de cortes maiores nos gastos públicos.