O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, anunciou que o recesso de verão será antecipado em um dia, visando evitar uma disputa sobre documentos relacionados ao caso do bilionário Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais. A decisão ocorre em um momento em que os democratas pressionam por uma resolução bipartidária que obrigaria o Departamento de Justiça e o FBI a divulgar todos os arquivos governamentais sobre Epstein.
Jeffrey Epstein, que morreu em 2019 após ser preso por tráfico sexual, teve seu nome associado a diversas figuras influentes, incluindo o ex-presidente Donald Trump. Em 2024, Trump prometeu revelar uma lista de clientes de Epstein, mas agora classifica o documento como uma farsa, gerando descontentamento entre seus apoiadores. A antecipação do recesso é vista como uma estratégia para desviar a atenção das alegações e reduzir a pressão política.
A tensão aumentou entre Trump e parte de sua base, especialmente após o Departamento de Justiça ter descartado novas evidências sobre o caso. Uma pesquisa da Reuters/Ipsos indica que a maioria dos norte-americanos acredita que o governo esconde informações sobre Epstein. Na última segunda-feira, democratas tentaram forçar uma votação sobre a resolução, mas os republicanos suspenderam a audiência, bloqueando o avanço das propostas relacionadas ao tema.
A expectativa inicial era que a Câmara votasse em projetos na quinta-feira (24), mas o líder da Maioria, Steve Scalise, confirmou que as votações serão antecipadas, priorizando propostas de menor impacto. A situação ressalta a complexidade política em torno do caso Epstein e suas repercussões nas relações entre os partidos no Congresso.