O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta terça-feira (22) a proibição de reuniões de comissões durante o recesso parlamentar, que se estenderá até 1º de agosto. A decisão foi publicada no Diário da Câmara e confirmada pela presidência da Casa, gerando reações entre os parlamentares, especialmente da oposição.
Duas comissões, presididas por membros do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, haviam convocado reuniões para discutir moções de apoio ao ex-presidente. Apesar da proibição, um grupo de parlamentares da Comissão de Segurança Pública se reuniu e exibiu uma placa em homenagem a Bolsonaro, desafiando a decisão de Motta. O presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-SP), criticou a medida, afirmando que impede a manifestação de opiniões.
A oposição, liderada pelo deputado Zucco (PL-RS), também expressou descontentamento com a decisão, que consideram uma restrição à liberdade de expressão. Enquanto isso, Jair Bolsonaro, que enfrenta restrições impostas pelo STF, foi visto na sede do PL em Brasília, onde o líder do partido, Sóstenes Cavalcante, aconselhou-o a não comparecer ao Congresso nesta terça-feira. A Câmara está passando por reformas, o que também foi apontado como justificativa para a suspensão das reuniões de comissões.