Os líderes partidários da Câmara dos Deputados se reuniram nesta terça-feira (8) para definir a pauta de votações do Plenário e o calendário de funcionamento da Casa até o recesso parlamentar em julho. A previsão é de um esforço concentrado na próxima semana, com votações programadas de segunda (14) a quinta-feira (17). Entre os projetos em pauta, destaca-se o PLP 128/25, que propõe a redução dos benefícios fiscais federais em pelo menos 10%.
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), enfatizou que, além da proposta de redução dos benefícios fiscais, as prioridades do partido incluem a votação do relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da admissibilidade da PEC da Segurança Pública. Farias argumentou que essas propostas são essenciais para evitar cortes em programas sociais e promover justiça tributária.
Por outro lado, o líder da Oposição, deputado Zucco (PL-RS), criticou ataques à democracia, incluindo ofensas ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Zucco convocou ministros para se explicarem sobre possíveis gastos públicos relacionados aos ataques à Câmara Federal, ressaltando a importância da transparência no uso do dinheiro público.
Além dos projetos já mencionados, outros dois podem ser votados antes do recesso: o PL 341/25, que aborda dívidas de produtores rurais afetados por eventos climáticos, e o PL 2583/20, que estabelece a Estratégia Nacional de Saúde. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), também anunciou que a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi adiada para agosto, e que novas regras de licenciamento ambiental e a PEC 66/23, que reabre prazos para prefeituras parcelarem dívidas com a Previdência, devem ser votadas na próxima semana.