A Câmara dos Deputados se prepara para votar mais de 30 propostas na próxima semana, em um esforço concentrado antes do recesso de meio de ano. No entanto, o projeto de lei da Anistia, que visava isentar condenados por ataques à democracia, foi inviabilizado devido a uma decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa de analisar um texto alternativo antes do recesso foi frustrada, segundo o líder do PL na Câmara, deputado Sostenes Cavalcante.
O projeto original previa a anistia para aqueles que foram condenados por crimes relacionados a ataques à democracia, mas uma versão suavizada, que contemplava presos que já cumpriram um sexto da pena, também não avançou. A proposta tinha como objetivo limpar a ficha dos detentos e evitar conflitos com o Judiciário. Apesar disso, a urgência do requerimento para a votação do PL da Anistia não será incluída na pauta da semana.
Líderes partidários, como Lindbergh Farias (PT-RJ), criticaram a decisão de Trump, afirmando que ela prejudica a soberania do Brasil. Em contrapartida, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro sugeriu uma anistia mais ampla como uma possível solução. Além disso, em nota conjunta, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmaram que o Congresso monitorará os desdobramentos econômicos e atuará em sintonia com o Executivo para mitigar seus efeitos.