Na sessão plenária desta terça-feira (8), a Câmara dos Deputados discutiu a veiculação de vídeos nas redes sociais, gerados por inteligência artificial, que acusam o Congresso Nacional de favorecer os ricos em detrimento dos pobres. A controvérsia gerou reações de deputados de oposição e da base governista, que defenderam diferentes abordagens sobre a questão tributária no Brasil.
O vice-líder da oposição, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), classificou os ataques ao Congresso como "criminosa e covarde", ressaltando que desinformações têm sido disseminadas sobre os gastos dos deputados. Ele questionou a veracidade de alegações sobre altos custos de gabinetes, afirmando que tais informações são infundadas.
Por outro lado, o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) criticou a narrativa do governo Lula, que, segundo ele, promove uma divisão entre pobres e ricos. Ele argumentou que, ao invés de beneficiar os mais necessitados, o governo impôs um aumento de impostos que penaliza a população de baixa renda. O deputado Sanderson (PL-RS) também enfatizou que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) impacta diretamente os mais pobres, contradizendo a alegação de que apenas os ricos seriam afetados.
Em contraponto, deputados da base governista, como Orlando Silva (PCdoB-SP) e Carol Dartora (PT-PR), destacaram que a desigualdade social no Brasil é uma realidade histórica e não uma criação de campanhas nas redes sociais. Dartora criticou a revogação do aumento do IOF, argumentando que a arrecadação seria fundamental para financiar áreas essenciais como saúde e educação, em um país que enfrenta desafios significativos de desigualdade e pobreza.