A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (10) uma medida provisória que estabelece um reajuste linear de 9% nos salários dos militares das Forças Armadas, incluindo ativos, inativos e pensionistas. O novo salário-base, que já começou a ser implementado em abril, terá um custo estimado de R$ 5,3 bilhões aos cofres públicos em 2026. A proposta ainda precisa passar pelo plenário do Senado para se tornar uma lei definitiva, com prazo de validade até agosto deste ano.
O reajuste impacta diretamente o 'soldo', a remuneração básica dos militares, e não inclui outros adicionais que podem aumentar o valor final do salário. Com a nova medida, o salário mais baixo das Forças Armadas aumentará de R$ 1.078 para R$ 1.177, enquanto os vencimentos de patentes mais altas subirão de R$ 13.471 para R$ 14.711. Ao todo, cerca de 740 mil pessoas serão beneficiadas pela atualização salarial.
O governo federal justificou o reajuste como parte de um acordo com as Forças Armadas e em alinhamento com os aumentos concedidos a outros servidores públicos. A medida visa mitigar os efeitos da inflação e a defasagem salarial enfrentada pelos militares nos últimos anos. No entanto, muitos militares expressaram descontentamento com o percentual proposto, que ficou abaixo das expectativas, uma vez que pleiteavam um aumento de até 18%. O relator da MP, deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), reconheceu a boa vontade do governo, mas afirmou que a falta de orçamento impediu um aumento maior.