A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (9) a votação de um projeto que cria 160 novos cargos comissionados para o Supremo Tribunal Federal (STF) e 40 cargos efetivos para agentes da Polícia Judicial. A proposta, que teve início na noite de terça-feira (8), enfrentou obstrução da oposição, mas foi aprovada após a rejeição de todos os destaques sugeridos. O projeto, de autoria do STF e relatado pelo deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR), prevê um custo de R$ 7,8 milhões em 2025 e R$ 7,81 milhões em 2026 para os novos cargos comissionados.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, justificou a necessidade da proposta citando os ataques de 8 de janeiro, ressaltando que o reforço do efetivo da Polícia Judicial é essencial para a manutenção da ordem pública e a proteção dos membros da Corte. Barroso também argumentou que a criação dos novos cargos ajudará a reduzir o acervo de processos no tribunal.
Durante a votação, a oposição criticou a proposta, alegando que ela contraria a necessidade de cortes orçamentários em um momento de crise econômica. Deputados como Gilson Marques (Novo-SC) e Carlos Jordy (PL-RJ) expressaram indignação, afirmando que a criação de novos cargos é irresponsável e desnecessária. O PSOL, que liberou sua bancada, também se manifestou contra o projeto, defendendo a realização de concursos públicos para o acesso a cargos no serviço público.