O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), manifestou sua preocupação com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que entrará em vigor em 1º de agosto. Em declarações feitas em Goiânia, Caiado criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não agir para mitigar os impactos dessa medida, que pode afetar severamente a economia dos estados e municípios. Ele ressaltou a necessidade de negociações diplomáticas e sugeriu que o presidente Lula deve se reunir com o presidente Donald Trump para discutir o assunto.
Caiado destacou que outros países, como Japão e Indonésia, já conseguiram renegociar suas condições comerciais, enquanto o Brasil permanece inativo. Ele se declarou 100% contrário à tarifa e revelou que a crise levou à antecipação de seu retorno ao Brasil, interrompendo uma missão oficial no Japão. Desde a última quarta-feira (23), o governo goiano tem se reunido com representantes do setor produtivo para buscar alternativas e já solicitou uma reunião do Fórum Nacional de Governadores.
O governador também anunciou medidas emergenciais em Goiás, como o Fundo de Equalização do Empreendedor (Fundeq), que oferece subsídios para operações de crédito, e um novo fundo creditório que deve disponibilizar R$ 628 milhões. Caiado alertou que uma possível retaliação do Brasil pode agravar ainda mais a situação, especialmente no setor de saúde, que depende de insumos dos EUA. Ele destacou que a cadeia produtiva de carnes em Goiás será uma das mais afetadas, com perdas estimadas em mais de 380 milhões de dólares na economia estadual.