O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, retornou ao Brasil após uma missão oficial no Japão e se manifestou sobre a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Em declarações feitas na última terça-feira, 22, Caiado criticou os "excessos nos julgamentos" e afirmou que as decisões do STF, como a proibição de entrevistas, não são compatíveis com a democracia.
Caiado expressou sua tristeza com a operação, destacando que Bolsonaro ainda não foi julgado e, portanto, deve ter o direito de se defender e se expressar livremente. O governador enfatizou que não se pode cercear a liberdade de expressão de alguém que não foi condenado. Ele também pediu que o STF reavalie suas decisões, apontando que é necessário abolir os excessos praticados.
Além das restrições já mencionadas, Bolsonaro está proibido de se comunicar com outros réus e diplomatas, e teve seu passaporte apreendido. As críticas de Caiado se alinham ao discurso de Bolsonaro sobre uma suposta perseguição do Judiciário, em meio a um julgamento que pode resultar em uma condenação de mais de 40 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Embora Caiado seja considerado um aliado de Bolsonaro, ele tem buscado se posicionar de forma independente, visando uma candidatura à Presidência em 2026. Suas declarações podem ser vistas como uma tentativa de atrair o eleitorado bolsonarista, em um cenário político em que o ex-presidente enfrenta sérias dificuldades legais.