Os futuros do cacau na bolsa ICE apresentaram uma alta significativa nesta sexta-feira, 18 de agosto, embora tenham encerrado a semana com perdas. O aumento foi impulsionado por uma recuperação após quedas acentuadas nas moagens do segundo trimestre em regiões como Ásia, Europa e América do Norte. No entanto, o cacau em Londres subiu 5,1%, alcançando 5.048 libras por tonelada, enquanto o mercado de Nova York viu um aumento de 6,7%, com a tonelada cotada a US$ 7.800, mas ainda assim registrou uma perda semanal de 12%.
No segmento do café, o arábica fechou em queda de 1,2%, cotado a US$ 3,036 por libra-peso. Apesar da queda, o café arábica teve um ganho semanal de 6%, impulsionado pela expectativa de tarifas de 50% sobre as importações do Brasil, que é o maior produtor mundial do grão. Especialistas alertam que a implementação das tarifas pode interromper o fluxo de café brasileiro para os Estados Unidos, que consomem cerca de um terço do café importado.
A colheita de café no Brasil está avançando, com 77% da produção concluída até 16 de julho, superando os 74% do ano anterior, segundo dados da Safras & Mercado. No mercado de açúcar, o açúcar bruto teve um leve aumento de 0,5%, enquanto a China importou 420.000 toneladas em junho, totalizando 1,04 milhão de toneladas no ano, uma queda de 19,7% em relação ao ano passado.
Esses movimentos nos mercados de cacau, café e açúcar refletem a complexidade das dinâmicas comerciais globais e as expectativas em relação a políticas tarifárias que podem impactar significativamente a economia agrícola brasileira.