A 7ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) contra Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por estelionato e fraude esportiva. A decisão foi proferida em 1º de novembro de 2023, após investigações que apontaram a participação do jogador em um esquema de manipulação de resultados durante uma partida do Campeonato Brasileiro contra o Santos.
Além de Bruno Henrique, outras oito pessoas, incluindo seu irmão, Wander Pinto Júnior, foram mencionadas na denúncia. No entanto, apenas Bruno e Wander se tornaram réus efetivos, enquanto as acusações contra os demais foram rejeitadas pela Justiça. O juiz Fernando Brandini Barbagalo argumentou que, para a tipificação do crime de estelionato, é necessário que as vítimas apresentem representação judicial, o que não ocorreu no caso das apostas em questão.
Apesar da gravidade das acusações, Bruno Henrique pode continuar jogando pelo Flamengo, enquanto o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisa um inquérito relacionado ao caso. A pena para fraude em competições esportivas varia de dois a seis anos, e a defesa do jogador argumenta que o cartão amarelo recebido não teve impacto significativo no resultado da partida. O juiz, no entanto, destacou que a punição por cartões pode influenciar o desempenho no campeonato.
A denúncia do MPDFT também solicitou medidas cautelares, como fiança de R$ 2 milhões e a suspensão de atividades relacionadas a apostas esportivas, mas o juiz indeferiu esses pedidos, considerando que não houve resistência por parte de Bruno Henrique à investigação. As defesas do jogador e de seu irmão têm um prazo de 10 dias para apresentar suas respostas à acusação.