Na madrugada desta quarta-feira (9), um fenômeno luminoso intrigou moradores da região de Campinas, São Paulo. Inicialmente confundido com um cometa ou meteorito, o brilho foi esclarecido por especialistas como sendo lixo espacial reentrando na atmosfera da Terra. Iago Fernandes de Sousa, astrônomo do Museu Aberto de Astronomia (MAAS), confirmou que eventos semelhantes têm sido observados em diversas cidades e podem ocorrer novamente.
Sousa explicou que a queda de satélites, frequentemente associada a picos de energia solar, é a causa do fenômeno. Durante esses picos, a liberação de partículas e energia provoca um aquecimento e expansão da alta atmosfera, onde a maioria dos satélites está localizada. Embora os satélites estejam em órbitas estacionárias, mudanças na altitude podem resultar em quedas.
O astrônomo também destacou que o ciclo solar, que se repete a cada 11 anos, não representa perigo para a população, pois não afeta a temperatura que sentimos na superfície. Além disso, Sousa esclareceu que o termo 'meteoro' se refere a fenômenos naturais que ocorrem na atmosfera, abrangendo uma variedade de eventos, desde chuvas até arco-íris. O brilho observado em Campinas, portanto, é um lembrete da interação entre a tecnologia humana e os ciclos naturais do nosso sistema solar.