Os países do Brics, em sua reunião realizada no último domingo (6), defenderam a renegociação de dívidas de economias de baixa e média renda, propondo um mecanismo inspirado nas diretrizes do G20. A Declaração de Líderes do Brics destaca a necessidade de um tratamento abrangente ao endividamento internacional, especialmente para nações mais vulneráveis que enfrentam choques econômicos. O documento enfatiza que as altas taxas de juros e as condições de crédito restritivas agravam as dificuldades financeiras de muitos países.
A declaração pede a implementação do Marco Comum do G20 para Tratamento da Dívida, que visa facilitar discussões entre governos, credores privados e bancos multilaterais de desenvolvimento. O Brics acredita que essa abordagem coordenada é essencial para lidar com as vulnerabilidades relacionadas à dívida, promovendo uma repartição justa dos encargos entre os envolvidos.
Além disso, os líderes do Brics iniciaram discussões sobre uma iniciativa de Garantias Multilaterais, que visa criar um mecanismo de garantias entre os países do bloco. Essa proposta busca reunir ativos para cobrir inadimplências e, assim, possibilitar juros mais baixos em empréstimos e financiamentos. O objetivo é que essa iniciativa piloto comece em 2025, com relatórios de progresso previstos para a Cúpula do Brics de 2026.
A declaração também menciona a revisão do Acordo de Reservas Contingentes, que oferece ajuda financeira mútua em situações de dificuldades no balanço de pagamentos. O Brics, que inclui 11 países membros permanentes e vários parceiros, continua a buscar soluções para fortalecer a cooperação econômica e financeira entre suas nações.