Os países membros do Brics, durante a cúpula realizada no Rio de Janeiro, emitiram uma declaração conjunta expressando "sérias preocupações" em relação às medidas unilaterais e protecionistas que têm sido adotadas no comércio internacional. O documento final destaca que tais ações distorcem o comércio global e vão de encontro às normas estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A declaração ressalta o aumento de tarifas e outras barreiras comerciais, afirmando que essas práticas são inconsistentes com as diretrizes da OMC. Além disso, menciona o uso de justificativas ambientais para a imposição de restrições comerciais, fazendo referência à Lei Antidesmatamento da União Europeia, que afetará produtos brasileiros como carne e soja a partir de 2026.
Os líderes do Brics alertaram sobre os potenciais impactos negativos dessas medidas, que podem resultar na redução do comércio global, interrupção das cadeias de suprimentos e aumento da incerteza nas atividades econômicas. A declaração foi aprovada por chefes de Estado e de governo dos países que compõem o Brics, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e Indonésia, que recentemente se juntou ao grupo.