Os negociadores do Brics finalizaram neste sábado, 5, as discussões para a adoção de uma declaração consensual na Cúpula do Rio, que ocorrerá neste domingo, 6. As conversas, que se estenderam pela madrugada, visaram contornar impasses sobre o comunicado a ser emitido em nome das lideranças políticas do grupo. Diplomatas relataram que o Brics deve adotar um tom mais firme em relação aos ataques ao Irã, embora não no nível desejado por Teerã.
A delegação iraniana expressou insatisfação com a falta de uma “condenação veemente” aos ataques aéreos dos Estados Unidos e de Israel, além de criticar a terminologia utilizada para se referir a Israel, que não corresponde à linguagem diplomática esperada. O impasse reflete as dificuldades que a Cúpula enfrenta, com a possibilidade de ausências significativas de líderes, especialmente do Oriente Médio, o que pode diminuir o impacto político do evento.
A presidência brasileira busca recuperar apoio para a proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, visando garantir uma vaga permanente para Brasil e Índia. As negociações se concentram na necessidade de um consenso em temas sensíveis, como conflitos internacionais e tarifas comerciais, enquanto a diplomacia brasileira tenta reafirmar a importância do multilateralismo em um cenário global complexo.