Líderes do Brics divulgaram neste domingo (6) uma declaração com 21 tópicos focados nas mudanças climáticas, ressaltando que o financiamento climático deve ser responsabilidade das nações desenvolvidas. O documento, intitulado 'Declaração do Rio', enfatiza a urgência de garantir recursos acessíveis para países em desenvolvimento, visando facilitar transições justas que conciliem ação climática e desenvolvimento sustentável.
Os líderes convocaram todos os países a honrar seus compromissos com o Acordo de Paris e a intensificar esforços no combate às mudanças climáticas. A declaração também propõe uma reforma na governança do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), buscando uma representação mais equilibrada dos países em desenvolvimento. Além disso, o Brics incentivou doadores a contribuírem para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que será lançado na COP30.
Embora o Brics inclua grandes produtores de petróleo, como Brasil e Rússia, o grupo reafirmou seu compromisso com transições energéticas justas e inclusivas, promovendo o acesso universal a energia sustentável e a preços acessíveis. O documento também aborda preocupações como desertificação, degradação do solo e poluição plástica, e rejeita medidas protecionistas unilaterais sob o pretexto de questões ambientais.
A declaração marca um passo significativo na mobilização global por um sistema financeiro internacional mais justo e sustentável, com a expectativa de que, nos próximos cinco anos, o Brics transforme sua capacidade de levantar recursos para combater a crise climática, fortalecendo suas economias de maneira justa e equitativa.