Os países do Brics, durante a 17ª Reunião de Cúpula realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, emitiram um comunicado final que condena o uso de sanções comerciais e elevações unilaterais de tarifas como instrumentos políticos. Embora o texto não mencione diretamente os Estados Unidos ou o governo de Donald Trump, critica o protecionismo comercial que, segundo os líderes, prejudica o desenvolvimento de nações mais pobres e agrava a desigualdade global.
O comunicado ressalta que medidas coercitivas unilaterais, como sanções econômicas, têm implicações negativas para os direitos humanos, incluindo o direito ao desenvolvimento e à segurança alimentar. Os países do Brics pedem a eliminação dessas sanções, afirmando que apenas as medidas autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU são legítimas, destacando a importância do respeito ao direito internacional.
Além disso, os membros do Brics expressaram preocupação com os conflitos globais e a polarização da ordem internacional. O bloco defende uma abordagem multilateral que respeite as diversas perspectivas nacionais em questões globais e enfatiza a necessidade de engajamento contra as mudanças climáticas, além de um aumento no financiamento para países em desenvolvimento.
O Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia, representa 39% da economia mundial e 48,5% da população global. A cúpula reafirmou a importância da cooperação entre os membros para alcançar um futuro sustentável e promover transições justas e equitativas.