Negociadores dos 11 países membros do Brics concluíram, nesta sexta-feira (4), as discussões sobre temas centrais para a cúpula do grupo, marcada para os dias 6 e 7 de novembro no Rio de Janeiro. As conversas avançaram em áreas como cooperação em saúde, inteligência artificial e combate à mudança climática.
As resoluções dos sherpas, responsáveis pelas negociações, serão apresentadas às lideranças políticas, com a expectativa de que resultem em declarações específicas sobre as pautas discutidas. O Brasil, anfitrião da cúpula, busca reequilibrar a agenda internacional, priorizando questões como erradicação da pobreza e fortalecimento de sistemas de saúde, conforme declarado pelo embaixador Mauricio Lyrio, sherpa brasileiro.
Além dos temas centrais, as discussões também abordaram a institucionalidade do Brics, a nova escala de presidência rotativa e a participação de países parceiros, que agora incluem o Vietnã. As negociações sobre mudança climática focaram no financiamento para a transição dos países em desenvolvimento, com o Brasil se preparando para sediar a COP30 em Belém, em novembro.
Esta reunião dos sherpas foi a última antes da cúpula, seguindo encontros anteriores em fevereiro e abril, onde foram discutidos temas como a Parceria Estratégica na Área Econômica e o papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como agente de financiamento da industrialização do Sul Global.