A Brava Energia (BRAV3) tem mostrado avanços significativos em sua execução operacional, segundo análise do Morgan Stanley, apesar de suas ações acumularem uma queda de 13% em 2025, em contraste com o desempenho positivo de concorrentes como PRIO (PRIO3) e PetroRecôncavo (RECV3). Os analistas destacam que a empresa está em um caminho de recuperação, com aumento na produção e controle de investimentos, o que pode resultar em geração de caixa positiva no futuro.
O banco reafirmou sua recomendação de compra (overweight) para as ações da Brava, ajustando o preço-alvo de R$ 29 para R$ 28. Embora o petróleo Brent tenha recuado 8% no ano, os papéis da Brava estão sendo negociados com uma curva de produção 12% abaixo das estimativas do Morgan Stanley, o que, segundo os analistas, indica uma penalização excessiva do mercado em relação à companhia.
Após enfrentar dificuldades operacionais nos últimos anos, incluindo entraves em plataformas terrestres e offshore, a Brava conseguiu reverter uma queda de 49% na produção em 2024, alcançando cerca de 87 mil barris por dia em 2025, um aumento de 130% em relação ao final do ano anterior. Essa recuperação é vista como um sinal positivo para o fluxo de caixa livre da empresa, que deve se tornar positivo no próximo ano, com um yield próximo de 10%.
Os analistas do Morgan Stanley também alertam para os riscos associados ao preço do petróleo no longo prazo, uma vez que a sensibilidade do valuation da Brava é alta. A cada variação de US$ 5 por barril no preço do Brent, o preço-alvo da ação pode oscilar consideravelmente, o que destaca a importância de monitorar as condições do mercado de petróleo para a saúde financeira da companhia.