A 17ª Cúpula do BRICS teve início neste domingo (6) no Rio de Janeiro, reunindo líderes e representantes dos países membros e nações convidadas. O evento, que se estende até segunda-feira (7), marca a presidência rotativa do Brasil, assumida em 1º de janeiro de 2023. O tema central da cúpula é 'Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável'.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as discussões, que contam com a presença do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, do premier da China, Li Qiang, do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. A Rússia participa remotamente, com Vladimir Putin se conectando por videoconferência e Sergey Lavrov presente no evento.
Os líderes discutem seis eixos estratégicos: saúde pública, financiamento climático, inteligência artificial, paz e segurança, desenvolvimento institucional e uso de moedas locais. Durante os debates, foi enfatizada a necessidade de reformas na governança global, especialmente no Conselho de Segurança da ONU, e a criação de mecanismos para proteção contra o uso indevido de inteligência artificial.
Além disso, os ministros das Finanças do BRICS solicitaram mudanças estruturais no FMI e formalizaram a entrada da Colômbia e do Uzbequistão no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). A cúpula ocorre em um contexto de instabilidade geopolítica, com tensões no Oriente Médio e desafios comerciais, influenciando as discussões sobre multilateralismo e a autonomia econômica do grupo.