O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou na quinta-feira (24 de julho de 2025) que o Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual era membro observador desde 2021. A informação, não confirmada oficialmente pelo governo brasileiro, foi divulgada pelo site Poder360.
O ministério israelense expressou sua indignação em uma publicação na rede social X, afirmando que a decisão do Brasil é "imprudente e vergonhosa", especialmente em um momento em que Israel enfrenta desafios significativos à sua existência. Além disso, a crítica se estendeu à adesão do Brasil a uma ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel, protocolada pela África do Sul, que acusa o país de violar convenções internacionais e de promover ações genocidas na Faixa de Gaza.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, em nota divulgada na quarta-feira (23 de julho), justificou sua posição ao afirmar que a adesão à ação na CIJ está fundamentada na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. O ministério ressaltou a necessidade de proteger os direitos dos palestinos, conforme as conclusões da CIJ sobre possíveis violações de direitos humanos.
A Convenção do Genocídio, estabelecida pelos países membros da ONU após a Segunda Guerra Mundial, visa prevenir crimes contra a humanidade e reforçar a responsabilidade dos Estados em cumprir com suas obrigações de Direito Internacional e Direito Internacional Humanitário.