O governo brasileiro se vê em alerta com a iminente implementação da tarifa de 50% sobre produtos nacionais, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de julho. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, afeta não apenas o Brasil, mas todos os países que mantêm negociações comerciais com os EUA, que já estabeleceu uma tarifa mínima de 10% em sua nova política tarifária.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil está aberto ao diálogo, mas reafirmou a importância da soberania nacional e do respeito às questões internas. Lula destacou que o governo brasileiro defenderá os interesses de empresários e bancos nacionais, enquanto executivos de diversos setores têm buscado alinhar estratégias para mitigar os impactos da nova tarifa.
As tentativas de negociação entre Brasil e Estados Unidos, no entanto, têm se mostrado infrutíferas. Desde abril, o governo brasileiro tem promovido encontros com autoridades e enviado propostas de acordo, mas não obteve respostas até a data da nova taxação. Analistas projetam que a efetivação da tarifa poderá reduzir a balança comercial brasileira em até US$ 9,5 bilhões em um ano, afetando entre 55% e 60% das exportações do Brasil para os EUA.