O clima de incerteza econômica se intensificou nesta segunda-feira (14), com o Brasil se preparando para responder a uma possível imposição de tarifas de 50% sobre suas importações, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (9). O governo brasileiro busca um diálogo com os EUA para reverter essa situação, mas, caso não haja progresso, poderá acionar a lei de reciprocidade prevista pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar a medida ainda hoje.
As repercussões já são visíveis no mercado financeiro, com o dólar registrando alta de 0,69%, fechando a R$ 5,5865, o maior valor desde junho. Em contrapartida, o Ibovespa caiu 0,65%, somando 135.298,99 pontos, refletindo a preocupação dos investidores com a instabilidade causada pelas ameaças tarifárias. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,7% em maio, indicando uma retração econômica.
No cenário internacional, Trump também anunciou tarifas contra a União Europeia e o México, além de ameaçar sanções aos compradores de petróleo russo, aumentando as tensões nos mercados globais. Apesar disso, os índices de ações em Nova York fecharam em alta, demonstrando a resiliência dos investidores em meio a uma semana marcada por indicadores econômicos e o início da temporada de resultados corporativos nos EUA. A situação continua a ser monitorada de perto, tanto no Brasil quanto no exterior.