O Brasil anunciará nesta quarta-feira (23) sua adesão formal à ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça da ONU, que alega que Israel violou a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito com o Hamas. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em declarações recentes.
A ação sul-africana pede que a Corte declare a violação e solicite uma suspensão emergencial das operações militares israelenses na Faixa de Gaza. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem se posicionado fortemente contra as ações de Israel, descrevendo a situação em Gaza como um "genocídio" e uma "carnificina".
Desde o início do conflito em outubro de 2023, o governo brasileiro tem defendido a necessidade de um cessar-fogo permanente e a entrada de ajuda humanitária na região. Em suas declarações, o chanceler Mauro Vieira criticou a inação da comunidade internacional e a paralisia do Conselho de Segurança da ONU, que impede ações efetivas diante da crise humanitária em Gaza.
O Brasil, ao se juntar à ação da África do Sul, reforça sua posição de apoio aos direitos humanos e à proteção da população palestina, enquanto questiona as práticas militares de Israel na região. A expectativa é que o anúncio oficial ocorra durante a reunião do Brics, onde o Itamaraty já havia sinalizado seu envolvimento no processo.