O Brasil anunciou sua adesão formal à ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel, em decorrência das alegações de genocídio na Faixa de Gaza. A decisão foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em nota na quarta-feira, 23 de julho de 2025, e fundamenta-se na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
A África do Sul apresentou a ação em janeiro de 2024, acusando Israel de violar normas internacionais e de adotar uma conduta genocida, resultando em assassinatos em massa de civis palestinos. Durante a sustentação oral, representantes sul-africanos destacaram a destruição da vida palestina, com ataques a áreas seguras e campos de refugiados, além da obstrução de ajuda humanitária.
O governo brasileiro enfatizou que a comunidade internacional não pode permanecer inerte diante das graves violações de direitos humanos e humanitários que ocorrem em Gaza e na Cisjordânia. O comunicado do MRE menciona ataques a infraestruturas civis, massacres de civis, e a utilização da fome como arma de guerra, além da ampliação de assentamentos ilegais por parte de Israel.
Desde o início da ofensiva israelense em resposta aos ataques do Hamas em outubro de 2023, cerca de 58.000 palestinos foram mortos, enquanto 1.200 israelenses perderam a vida em ataques do grupo. A situação continua a gerar preocupação e mobilização internacional em busca de soluções pacíficas.