O Brasil é apontado como um dos líderes potenciais na transição energética global, devido à sua matriz elétrica composta por mais de 80% de fontes renováveis. No entanto, o país enfrenta desafios significativos, como burocracia e gargalos na infraestrutura elétrica, que dificultam a atração de investimentos internacionais em projetos sustentáveis. A situação exige soluções inovadoras para desbloquear o potencial do setor.
Para superar essas barreiras, o mercado brasileiro de energia renovável tem se voltado para modelos de infraestrutura como serviço (IaaS) e inovação financeira. Esses modelos visam democratizar o acesso à energia limpa e atrair capital global, com o setor de renováveis liderando fusões e aquisições, movimentando cerca de R$ 120 bilhões em 2025.
A Brasol, fundada em 2017, surgiu com a proposta de conectar capital internacional a projetos de infraestrutura limpa no Brasil. Após enfrentar dificuldades financeiras iniciais, a empresa recebeu seu primeiro aporte institucional em 2020, permitindo o avanço de seu portfólio de projetos. Atualmente, a Brasol se destaca como uma infraTech que integra desenvolvimento, engenharia e operação, além de ser pioneira em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) lastreados em energia solar.
O crescimento da micro e minigeração distribuída também acompanha essa evolução. Em 2024, a energia solar fotovoltaica adicionou 8,85 GW ao Brasil, totalizando mais de 35 GW de potência instalada. Projeções indicam que o país liderará a adição de 26 GW de novas capacidades em energia renovável na América Latina nos próximos anos.