Na quinta-feira (25), o Brasil foi destacado como um país-chave nas reservas mundiais de minerais críticos, essenciais para a indústria de tecnologia, em meio ao crescente interesse dos Estados Unidos em acessar esses recursos. Os minerais, como lítio, níquel, nióbio e terras raras, são fundamentais para a produção de baterias de veículos elétricos, painéis solares e semicondutores, e sua escassez global tem gerado uma intensa competição internacional.
O Brasil possui quase 90% das reservas mundiais de minerais críticos, sendo o líder na produção desses recursos. O país se destaca como o terceiro maior produtor de níquel, o sexto de lítio e o segundo em terras raras, atrás apenas da China. As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos, são particularmente valiosas, pois são utilizadas na fabricação de superímãs, essenciais para diversas tecnologias, como carros e drones.
Recentemente, o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil se reuniu com o Instituto Brasileiro de Mineração para discutir possíveis acordos sobre minerais estratégicos. O governo brasileiro, por sua vez, está realizando estudos de viabilidade econômica para a exploração de terras raras em Minas Gerais e outras regiões, com a expectativa de atrair investimentos privados para o setor.
O Ministério de Minas e Energia está finalizando a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, que visa estabelecer regras para a exploração desses recursos e fomentar parcerias com compradores internacionais, como os Estados Unidos e a Europa, para reduzir a dependência da China na produção de superímãs. Especialistas estimam que novas mineradoras de terras raras no Brasil podem começar a operar em dois a cinco anos, ampliando a capacidade do país de atender à demanda global por esses minerais.