O Brasil, reconhecido como o maior produtor e exportador de café do mundo, encerrou a safra 2024/25 com embarques totais de 45,5 milhões de sacas, marcando o terceiro melhor volume da história, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O resultado fica atrás apenas do recorde da safra anterior e da safra 2020/21.
Em junho, as exportações de café verde atingiram 2,301 milhões de sacas de 60 kg, apresentando uma queda de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma oferta reduzida. Os embarques totais, que incluem café solúvel e industrializado, também caíram 27,9% em comparação com junho de 2022, totalizando 2,606 milhões de sacas.
Apesar da queda nos volumes, a receita das exportações brasileiras de café alcançou um recorde de US$ 14,73 bilhões (aproximadamente R$ 81 bilhões), um aumento de 49,5% em relação ao ciclo anterior. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, atribuiu o aumento dos preços a menores potenciais produtivos nos principais países produtores, impactados por condições climáticas extremas nos últimos cinco anos.
Os Estados Unidos lideraram as importações, adquirindo 7,468 milhões de sacas, um aumento de 5,65% em relação à safra anterior. A Alemanha ficou em segundo lugar, com 6,526 milhões de sacas, seguida por Itália, Bélgica e Japão. A recente imposição de tarifas pelo governo dos EUA sobre produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump, gerou preocupações no mercado e levou comerciantes a acelerar as importações antes da taxação.