Os Estados Unidos foram responsáveis por 16,7% de todas as exportações de café do Brasil em 2024, totalizando US$ 1,9 bilhão, um valor recorde desde o início da série histórica em 1997. Apesar do crescimento, a participação dos EUA no mercado de café brasileiro já foi maior, alcançando 22,5% em 2011. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, essa porcentagem caiu de 20,1% para 16,7%.
A Alemanha ocupa a segunda posição como maior destino do café brasileiro, com exportações de US$ 1,8 bilhão, representando 15,9% do total. Juntas, as exportações para os EUA e a Alemanha somam 32,6% do mercado. Minas Gerais, responsável por 80,4% do café exportado, será o estado mais afetado pela tarifa de 50% imposta pelos EUA, enquanto São Paulo ocupa a segunda posição com 9,3% do total.
Em resposta às tarifas, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destacou que a queda nas exportações de produtos como café pode aumentar a oferta interna e ter um efeito deflacionário. O governo brasileiro, liderado por Lula, está implementando medidas para enfrentar essa situação, incluindo a criação de um comitê interministerial para coordenar ações contra as tarifas.
O decreto foi assinado por Lula em 14 de julho de 2025, após uma reunião com ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A comissão começará a ouvir representantes dos setores afetados, incluindo o de café, a partir de 15 de julho, com o objetivo de buscar uma solução negociada com os Estados Unidos.