O Brasil confirmou os primeiros casos da nova variante do coronavírus, conhecida como XFG ou 'Stratus', com oito pacientes diagnosticados entre maio e junho de 2025. De acordo com o Ministério da Saúde, dois casos foram identificados no Estado de São Paulo e seis no Ceará. Até o momento, não há registros de óbitos relacionados a essa variante.
Classificada como 'sob monitoramento' pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante XFG apresenta um aumento significativo em sua circulação global, tendo sido documentada em 38 países. Até 22 de junho, foram registrados 1.648 testes positivos para a variante, representando 22,7% das amostras analisadas mundialmente entre 26 de maio e 1º de junho, um aumento em relação aos 7,4% registrados quatro semanas antes.
A variante XFG pertence à família Ômicron e resulta da recombinação de duas linhagens anteriores. Embora a OMS avalie o risco à saúde pública como baixo, especialistas alertam para a necessidade de vigilância. O infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia, destaca que, apesar de mais mutações, não há evidências de que a gravidade dos casos associados à XFG seja superior a outras variantes. Os sintomas relatados incluem sinais gastrointestinais e rouquidão, semelhantes aos de outras linhagens do SARS-CoV-2.
A vacinação continua sendo a principal estratégia de proteção contra a COVID-19, com mais de 14,2 milhões de doses distribuídas no Brasil até 2025. A OMS afirma que as vacinas atualmente aprovadas devem manter sua eficácia contra a variante XFG, e a imunização é recomendada para gestantes, idosos e crianças, conforme o calendário nacional de vacinação.