O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (25) que as contas externas do Brasil apresentaram um saldo negativo de US$ 5,131 bilhões em junho de 2025. No mesmo mês do ano anterior, o déficit foi de US$ 3,368 bilhões nas transações correntes, que incluem a compra e venda de mercadorias, serviços e transferências de renda com outros países.
A deterioração do saldo em relação ao ano passado é atribuída a uma redução de US$ 375 milhões no superávit comercial, além do aumento dos déficits em renda primária e serviços, que cresceram em US$ 1,3 bilhão e US$ 159 milhões, respectivamente. Apesar disso, o superávit da renda secundária teve um leve aumento de US$ 33 milhões.
Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o déficit em transações correntes acumulou US$ 73,135 bilhões, representando 3,42% do Produto Interno Bruto (PIB). O BC destacou que, embora o déficit tenha aumentado, ele está sendo financiado por capitais de longo prazo, principalmente por meio de investimentos diretos no país, que possuem fluxos e estoques de boa qualidade.
As exportações de bens totalizaram US$ 29,285 bilhões, com um leve aumento de 0,9% em relação a junho de 2024, enquanto as importações subiram 2,8%, totalizando US$ 23,998 bilhões. A balança comercial, portanto, registrou um superávit de US$ 5,287 bilhões, embora inferior ao saldo de US$ 5,661 bilhões do mesmo mês do ano anterior.