As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 5,1 bilhões em junho de 2025, o maior saldo negativo para o mês desde 2014, quando o valor foi de US$ 5,4 bilhões. O Banco Central (BC) divulgou os dados na última sexta-feira, 25 de julho de 2025, evidenciando um aumento de 52,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, que registrou um déficit de US$ 3,4 bilhões.
O resultado negativo foi impulsionado pelo aumento no déficit da conta de renda primária, que subiu de US$ 4,9 bilhões em junho de 2024 para US$ 6,2 bilhões em junho de 2025. A balança comercial, por sua vez, teve um superávit de US$ 5,4 bilhões, embora tenha diminuído em US$ 374 milhões em comparação com junho do ano passado, quando foi de US$ 5,7 bilhões.
Além disso, o setor de serviços também apresentou um déficit, totalizando US$ 4,5 bilhões em junho, ligeiramente superior aos US$ 4,4 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes atingiu US$ 73,1 bilhões, representando 3,42% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento em relação aos US$ 71,4 bilhões (3,35% do PIB) de maio e aos US$ 28 bilhões (1,28% do PIB) de junho de 2024.