O Brasil enfrenta uma grave crise no setor equino, com pelo menos 222 mortes de cavalos atribuídas ao consumo de rações da empresa Nutratta Nutrição Animal, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O caso mais emblemático ocorreu em Indaiatuba, São Paulo, onde 35 cavalos de um rancho local faleceram, resultando em prejuízos estimados em R$ 2 milhões para o proprietário, Paulo Henrique Barbuglio, que descreveu a situação como uma 'verdadeira chacina'.
As mortes começaram a ser reportadas em 26 de maio de 2025, levando o governo a proibir a venda dos produtos da Nutratta. Além das 222 mortes confirmadas, outras 195 estão sob investigação em diversas localidades do país. Os estados mais afetados incluem São Paulo, com 83 mortes, seguido por Rio de Janeiro e Alagoas, com 69 e 65, respectivamente.
A ração em questão contém uma substância tóxica que compromete órgãos vitais dos animais, como fígado e rins. A falta de comunicação formal e a natureza dos sintomas dificultam as investigações em andamento, que buscam esclarecer as causas das mortes e prevenir novos casos. A situação tem gerado grande comoção entre os proprietários de cavalos, que lamentam não apenas as perdas financeiras, mas também o impacto emocional causado pela morte de animais que faziam parte de suas famílias.