O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta à decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. A OMC, que celebra 30 anos em 2025, tem enfrentado um período de ineficácia, especialmente desde 2019, quando a nomeação de novos juízes do seu órgão de apelação foi bloqueada por Trump.
A OMC foi criada para facilitar o comércio internacional e resolver disputas comerciais, mas atualmente enfrenta desafios significativos. O embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor da organização, destacou em entrevista que a falta de juízes e a ausência de regras atualizadas resultam em um ambiente comercial caótico, descrito como a "lei da selva". Essa situação tem implicações globais, especialmente em um contexto de crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China.
Azevêdo também ressaltou que a OMC precisa se modernizar para refletir as mudanças no comércio global, que agora inclui o comércio eletrônico e novas dinâmicas de mercado. A China, que se juntou à OMC em 2001, emergiu como a maior potência comercial do mundo, superando os Estados Unidos e a Europa. O Ministério das Relações Exteriores da China criticou as tarifas impostas por Trump, afirmando que elas prejudicam a ordem do comércio internacional.