O Brasil manifestou sua insatisfação na Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi justificada por Trump como uma resposta a alegações de ataques à liberdade de expressão e à interferência nas eleições no Brasil.
Durante um evento em Washington D.C. nesta quinta-feira (23), Trump afirmou que as tarifas variam de 15% a 50%, dependendo do relacionamento com os países afetados. O Brasil, segundo ele, foi classificado entre aqueles com os quais os EUA têm um relacionamento considerado "não bom". A nova taxa entra em vigor a partir de 1º de agosto e se soma a uma lista de países que também sofrerão aumentos tarifários.
A decisão de Trump gerou reações imediatas do governo brasileiro, que já vinha enfrentando déficits comerciais com os EUA desde 2009. O presidente Lula criticou a postura do republicano, afirmando que ele "não foi eleito para ser o imperador do mundo". O governo brasileiro está atualmente avaliando suas opções de resposta e se reunindo com empresários para discutir as implicações da medida.
Além do Brasil, outros países como África do Sul, Argélia e Japão também foram incluídos na lista de tarifas elevadas. O governo brasileiro considera as tarifas arbitrárias e caóticas, e a situação poderá impactar significativamente as relações comerciais entre os dois países.