O Brasil detém a segunda maior reserva de minerais críticos e estratégicos do mundo, com aproximadamente 21 milhões de toneladas, o que representa 23% do total global. A informação foi divulgada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que está finalizando uma política pública voltada para esses minerais, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2023.
O interesse dos Estados Unidos nos minerais brasileiros foi destacado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, após uma reunião com o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar. A exploração desses recursos pode ser um ponto de negociação no acordo comercial que o governo brasileiro busca estabelecer com os EUA.
Em resposta ao interesse estrangeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que as riquezas do país devem beneficiar o povo brasileiro, enfatizando que as empresas privadas poderão realizar pesquisas, mas sob a supervisão do governo. Especialistas destacam que os minerais de terras raras são essenciais para tecnologias modernas e possuem um valor significativamente superior ao de minérios convencionais.
Atualmente, o Brasil conta com uma única empresa produzindo economicamente concentrados de óxidos de terras raras, enquanto o potencial de exploração é imenso, especialmente em regiões como Goiás. O MME está trabalhando em conjunto com o Congresso para garantir que o país se torne um protagonista na cadeia global de terras raras.