O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (28) que é essencial que os países apliquem a lei internacional com rigor diante das alegações de genocídio na Faixa de Gaza. Durante uma mesa redonda na sede das Nações Unidas em Nova York, Vieira destacou que a situação dos palestinos representa um teste ao compromisso global com o direito internacional e os direitos humanos.
O chanceler brasileiro, que representa o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, também anunciou que o Brasil decidiu formalmente ingressar no processo aberto contra Israel por genocídio, inicialmente proposto pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. O Brasil ainda não formalizou sua decisão de intervir no processo.
Vieira ressaltou que o tribunal internacional estabeleceu diretrizes claras para os países, incluindo a necessidade de não reconhecer a situação ilegal criada pela presença israelense em territórios palestinos ocupados. O encontro, que contou com a copresidência do Brasil e Senegal, gerou 96 propostas concretas para promover o cumprimento do direito internacional e garantir a autodeterminação do povo palestino.